O pai de Dodi Al-Fayed morreu na quarta-feira, 30 de agosto, aos 94 anos, de causas naturais e não hoje, 1 de setembro, conforme adiantado previamente, confirma a agência Lusa que cita comunicado da família de Al-Fayed.

"Mohamed Al Fayed, os seus filhos e netos desejam confirmar que o seu amado marido, pai e avô, Mohamed, faleceu pacificamente de velhice na quarta-feira, 30 de agosto de 2023", diz a nota da família publicada hoje pela imprensa britânica.

A morte do empresário Mohamed Al-Fayed ocorre ao fim de 26 anos após o acidente de carro em Paris que matou o seu filho mais velho, Dodi e Princesa Diana, em 31 de agosto de 1997.

Nascido em Alexandria, em 1929, Al-Fayed começou no mundo dos negócios ainda no Egito.

Em 1954, casou com Samira Kashoggi e trabalhou com o cunhado, Adnan Khashoggi, antes de começar a sua própria empresa. Em 1966, tornou-se conselheiro do Sultão do Bornéu.

Quando chegou ao Reino Unido, em 1970, entrou no negócio dos minérios e em 1979 comprou o Hotel Paris Ritz, juntamente com o irmão Ali por 20 milhões de libras.

Os irmãos adquiriram o Harrods em 1985 por 615 milhões de libras, após uma intensa 'guerra' de ofertas com o grupo de mineração Lonrho.

Em 1997, tornou-se dono do clube de futebol Fulham FC, elevando a equipa londrina desde a terceira divisão até ao escalão máximo do futebol inglês, a Premier League.

"Todos no Fulham ficaram incrivelmente tristes ao saber da morte do nosso antigo proprietário e presidente, Mohamed Al Fayed", escreveu hoje o seu antigo clube numa nota publicada no Facebook e no site oficial.

Depois do seu filho mais velho, Dodi, ter morrido no acidente ao lado da princesa Diana, Al-Fayed passou anos a questionar as circunstâncias das suas mortes.

Diana e Dodi morreram em Paris em 1997, aos 36 anos, quando o carro em que seguiam juntamente com o motorista ter embatido num pilar de cimento do túnel por onde passava quando estava a ser perseguido por fotógrafos em carros e motas.

Um inquérito judicial britânico concluiu que o acidente foi um resultado da conduta negligente dos veículos perseguidores e da elevada taxa de alcoolemia do motorista.

Al-Fayed permaneceu praticamente fora dos holofotes públicos na última década, morando na sua mansão em Surrey, no sudeste de Inglaterra, com a sua mulher Heini.

(notícia corrigida às 23:19)

*com Lusa