Nigel Lawson, respeita figura da direita no Reino Unido, tornou-se famoso na década de 1980, quando, como chanceler do Tesouro de Thatcher durante seis anos (1983-1989), lançando um programa de corte de impostos.

Ainda hoje é considerado o membro mais importante do gabinete de Thatcher e uma das figuras decisivas na revolução ultraliberal dos anos oitenta.

"Uma das primeiras coisas que fiz como chanceler foi pendurar uma foto de Nigel Lawson acima da mesa", escreveu Rishi Sunak no Twitter ao anunciar a notícia da morte de Nigel Lawson.

"Foi um chanceler transformador [do Tesouro do país] e uma inspiração para mim e muitos outros", disse o primeiro-ministro.

Os cortes de impostos promovidos por Nigel Lawson levaram a um "boom" económico, embora também se acredite que estiveram por trás da inflação registada.

No entanto, as divergências com Margaret Thatcher sobre política económica acabaram por levar á sua saída do governo, onde também foi ministro de Energia e secretário do Tesouro.

Algum tempo depois, posicionou-se a favor da saída do Reino Unido da União Europeia, presidindo à campanha pró-Brexit.

Nigel Lawson também se destacou nos últimos anos por negar as mudanças climáticas, tema sobre o qual publicou livros.

Nigel Lawson teve seis filhos e um deles, Nigela, superou o pai em popularidade entre as gerações mais jovens por se ter tornado num chef de prestígio e uma estrela da televisão.