A agência noticiosa francesa, AFP, afirma que Faure estava há muito esquecido.

Em comunicado, o Presidente Emmanuel Macron expressou “a gratidão da nação ao militar” e enviou as suas “sinceras condolências e a sua amizade inabalável” aos familiares, bem como “aos comandos navais herdeiros do Dia D francês”, referindo-se a Hubert Faure como “uma lição formidável de compromisso e heroísmo”.

“Herói da ‘França Livre’, Hubert Faure foi um dos 177 franceses que no Dia D desembarcaram na Normandia, um punhado de homens valentes na armada da liberdade. Pisando as areias de Colleville-sur-Orne [atual Colleville-Montgomery] e Ouistreham, eles encarnavam a França, eram a alma da nossa nação”, lê-se ainda na nota do Ministério da Defesa em que foi anunciada a morte do antigo combatente.

Do mesmo comando há ainda um sobrevivente, Léon Gautier, 98 anos.

Preso em junho de 1940, Hubert Faure conseguiu fugir e chegou a Inglaterra.

Mais tarde, alistou-se nas Forças Francesas Livres, tendo feito parte do 1.º Batalhão de Comandos dos Fuzileiros Navais sob o comando do tenente Philippe Kieffer.

O batalhão desembarcou na praia da Espada, em Colleville-Montgomery, no flanco extremo leste dos 80 km de praias onde os aliados desembarcaram.

O batalhão tinha treinado na Escócia, tendo-se registado 27 mortes no final da Batalha da Normandia, em finais de agosto de 1944.

Somente em 1984 o Presidente François Mitterrand os homenageou pela primeira vez em Ouistreham. No entanto, alguns sobreviventes não receberam a Legião de Honra em 2004, durante as cerimónias do 60.º aniversário do desembarque do Dia D, o que gerou alguma polémica.

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