A canção "Will Meet Again" fica para a história como um símbolo de esperança em temos de guerra . A sua intérprete era Vera Lynn que hoje morreu aos 103 anos.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prestou já a sua homenagem, dizendo: "O charme e a voz mágica de Vera Lynn elevaram o nosso país em algumas das nossas horas mais negras. A sua voz continuará a elevar os corações  das gerações futuras".

A 8 de maio, dia em que se assinalou o 75.º aniversário do Dia da Vitória, os britânicos foram encorajados a vir à janela ou porta para cantar em coro “We’ll Meet Again”, canção que já tinha sido citada pela rainha Isabel II, no início de abril, a propósito do desafio colocado pelo novo coronavírus.  A rainha citou o título da famosa canção para dar esperança aos britânicos confinados. "Dias melhores virão, reencontraremos nossos amigos, reencontraremos nossas famílias, nós vamos nos encontrar de novo", disse a monarca.

Em março, pouco antes de completar 103 anos em plena pandemia, Lynn incentivou a população a recuperar "o mesmo espírito que tivemos durante a guerra".

Vera Lynn nasceu nos arredores de Londres em 1917, sobreviveu a uma doença grave com apenas dois anos e começou a cantar aos sete. Aos 18 anos começou a cantar com orquestras e o seu nome tornou-se um ícone nacional quando, na 2ªGuerra Mundial, atuou em várias estações de metro de Londres onde as pessoas se refugiavam de ataques aéreos à cidade. As tropas inglesas conheciam de cor as suas músicas e Vera Lynn levou a sua voz a locais tão distantes quando Egito, India e Myanmar.