Os dados das estatísticas vitais do INE referem que em julho morreram 8.757 pessoas, mais do que no mês anterior (+549), mas a tendência decrescente relativamente ao período homólogo de 2020 não se alterou, tendo-se registado menos 1.654 óbitos.

O número de óbitos por covid-19 em julho subiu para 268 (+192 relativamente a junho de 2021), representando 3,1% do total de óbitos.

O INE lembra que foi no mês de janeiro deste ano que se registou o maior número de óbitos mensal desde o início da pandemia (19.670), a que corresponde um aumento de 65,8% (+7.808 óbitos) relativamente ao mesmo mês de 2020. Do total de óbitos, 5.785 foram por covid-19, representando 29,4% da mortalidade em janeiro e o máximo mensal de óbitos por covid-19.

Depois de terem sido atingidos estes valores, a mortalidade começou a cair em fevereiro, para 12.762 óbitos, "continuando, todavia, a registar valores superiores aos do mês homólogo de 2020", com mais 29,2% (+2 882 óbitos). Nesse mês o número de óbitos por covid-19 foi 3.594, o segundo mais elevado, a seguir a janeiro, correspondendo a 28,2% do total.

"Excluindo os óbitos por covid-19 registados em fevereiro, a mortalidade neste mês ter-se-ia situado, pela primeira vez após o início da pandemia, abaixo do valor homólogo de 2020 (-712 óbitos)", sublinha o INE.

Os dados do INE mostram depois que em março, abril, maio e junho deste ano o número de óbitos continuou a cair, atingindo valores abaixo dos registados nos mesmos meses de 2020.

Os números hoje divulgados indicam ainda que em junho se registaram 6.184 nados-vivos, correspondendo a uma redução de 9,4% relativamente ao mesmo mês de 2020, mantendo-se a tendência de decréscimo da natalidade verificada desde julho de 2020.

Nos meses de maio e junho de 2021, o saldo natural registou, respetivamente, valores de -1.936 e -2.023, verificando-se um agravamento no mês de junho por comparação com o mês homólogo de 2020 (-1.741).

Em junho deste ano celebraram-se 3.199 casamentos (+593 que em maio de 2021), o equivalente a 1,4 vezes os realizados no mês homólogo de 2020.

Nesta área, o INE sublinha que as medidas decorrentes de contenção da pandemia tiveram impactos na vida dos cidadãos, onde se inclui a mobilidade e o contacto social, “pelo que os dados estatísticos relativos aos casamentos celebrados a partir de março de 2020 devem ser lidos neste contexto”. De facto, de janeiro a junho de 2021 foram celebrados mais 2.485 casamentos por comparação com o mesmo semestre de 2020, referem os dados do INE, que frisa o “aumento verificado a partir de abril de 2021, com o alívio das medidas de confinamento em vigor no país”.