De acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN), José Manuel Silva, a greve a realizar-se naqueles dias, entre as 00:00 e as 02:00, cujo pré-aviso foi publicado em 28 de julho, foi validada na quinta-feira em plenário de trabalhadores, no qual a resolução apresentada por aquela organização sindical foi aprovada “por maioria”.

No documento, a que a Lusa teve acesso, os trabalhadores salientam que a proposta de atualização salarial de 15 euros apresentada pelo Conselho de Administração da STCP “é insuficiente porque não responde à questão central que é a desvalorização do salário dos trabalhadores relativamente ao salário mínimo nacional e à probabilidade do aumento da inflação”.

Na defesa destas reivindicações, mandataram os sindicatos “para promoverem formas de luta, na qual se inclui a greve já anunciada nos dias 13, 20, 26 e 27 de agosto”.

“Daqui para a frente, se esta luta não chegar, os sindicatos vão reunir para marcar mais outras ações de luta para setembro”, afirmou José Manuel Silva, em declarações à Lusa.

Salientando que havia sido dada margem antes do pré-aviso de greve para o Conselho de Administração rever a proposta apresentada, o que é facto é que, só após o seu anúncio, a proposta foi alterada, passando a incluir um aumento de 15 cêntimos diários no subsídio de alimentação e 14 cêntimos nas diuturnidades, explicou.

“Até ali, dia 28, dia do pré-aviso de greve, eram só os 15 euros, mais nada, no salário de todos os trabalhadores exceto o dos inspetores”, disse.

Na quinta-feira, fonte da Comissão de Trabalhadores (CT) disse à Lusa que cerca de 400 trabalhadores, reunidos em plenário entre as 09:30 e as 14:00, decidiram rejeitar a proposta de atualização salarial apresentada pela STCP, tendo mandato as organizações sindicais para discutir formas de luta.

“A maioria dos trabalhadores votaram contra essa revisão porque acham que é insuficiente”, revelou Mário Barros, coordenador da Comissão de Trabalhadores (CT) da STCP, no final do plenário.

Aquele responsável referiu que a proposta apresentada pela administração da STCP, em linha com a Carris, iria ter um reflexo variável de acordo com a situação laboral de cada trabalhador.

“Estamos a falar de um valor à volta dos 15 euros, mas que depois aplicada trabalhador a trabalhador poderia chegar aos 22, 23, 24 euros, mais coisa menos coisa. Era muito variável conforme a situação atual de cada trabalhador”, explicou.

Na quinta-feira, Mário Barros salientou, contudo, que não foi decidido nada em concreto, nomeadamente quando à possibilidade de avançar com novas paralisações, pelo que considerou prematuro falar sobre o tema.

Ouvida pela Lusa, a STCP garantiu na quinta-feira ter assegurado as necessidades dos clientes “na deslocação casa-trabalho na denominada hora de ponta”.

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