“Não foram identificados quaisquer sintomas de instabilidade na superfície do pavimento da Avenida Marginal, pelo que se afigura a inexistência de risco iminente de rotura da arriba e, consequentemente, da estrada marginal”, esclarece a APA, em comunicado.
Esta posição surge na sequência de uma decisão da Câmara Municipal de Cascais de encerrar a circulação rodoviária na via da direita da Avenida Marginal, entre a rotunda de São Pedro e o cruzamento da Parede, devido ao “estado de degradação do muro (paredão) que serve de contenção à Estada Nacional 6 (Marginal), ao longo de uma extensão de mais de 300 metros.
Esta manhã, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras (PSD) anunciou que a autarquia ia avançar com uma “intervenção de emergência” para conter o muro da marginal.
A obra, estimada em cerca de 150 mil euros, inicia-se na quarta-feira e terá uma duração de quatro, cinco dias.
A outra intervenção na Avenida Marginal (Estrada Nacional 6) já estava a ser “planeada e trabalhada” numa colaboração entre a autarquia, a Infraestruturas de Portugal e a Agência Portuguesa do Ambiente.
“É uma obra estrutural estimada em dois milhões de euros, mas ainda precisa de um conjunto de procedimentos. Já tem projeto, vai ser lançado concurso público, depois tem de ter o visto do Tribunal de Contas. É uma obra que demorará mais algum tempo”, acrescentou Carlos Carreiras.
Segundo a APA, apesar de não existir perigo de rotura da arriba, a sua degradação configura uma “situação de risco potencial, justificando, numa lógica preventiva a intervenção de emergência preconizada” pela Câmara de Cascais.
“Atualmente, a referida estrutura de proteção/muralha apresenta sinais localizados de degradação/deterioração, nomeadamente em termos da erosão das juntas argamassadas e tardoz da parede de alvenaria da muralha, sendo ainda visíveis rombos e subescavações no maciço rochoso de fundação da muralha”, acrescenta a nota da APA.
No entanto, a Infraestruturas de Portugal disse que foram detetadas “situações pontuais de degradação da muralha da orla costeira, que decorrem da abrasão marítima, eventualmente agravadas pelas marés das ultimas semanas”.
A IP garantiu que a muralha em questão “não suporta diretamente a Estrada Marginal, cuja plataforma rodoviária assenta num maciço rochoso calcário que mantém a sua integridade”.
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