Após um alerta da AlarmPhone, a rede de ativistas que recebe informações sobre migrantes em dificuldade, o navio Geo Barents deslocou-se para a zona onde já tinha chegado o navio humanitário Louis Michel, financiado pelo artista urbano britânico Banksy, que distribuiu coletes salva-vidas aos migrantes.
No dia 23 de fevereiro, este navio foi sancionado com um bloqueio de 20 dias e multa de 10.000 euros por “não fornecer as informações necessárias” após um desembarque de migrantes, na sequência da aplicação do decreto que regula as atividades dos navios de ajuda humanitária aprovado pelo governo italiano de Giorgia Meloni.
Foi a primeira sanção contra uma ONG após a introdução do novo regulamento, que foi definitivamente aprovado no Parlamento na quinta-feira.
O Governo da primeira-ministra de extrema-direita Giorgia Meloni aprovou uma série de medidas para tentar conter este fenómeno, como o aumento das penas para quem trabalhar para redes de tráfico de pessoas por mar.
E também aprovou um diploma que, na prática, dificulta o trabalho de socorro de migrantes efetuado pelos navios das organizações humanitárias, que acusa de fomentarem as partidas sem controlo das costas do norte de África.
Em 26 de fevereiro, as águas do sul da Itália, especificamente as da cidade calabresa de Cutro, foram palco de um naufrágio que causou pelo menos 89 mortos.
Segundo o Ministério do Interior italiano, desde 01 de janeiro deste ano, desembarcaram em Itália 20.379 migrantes na costa italiana, número quase três vezes mais do que os 6.518 que desembarcaram no mesmo período de 2022.
O número de chegadas de migrantes pela rota do Mediterrâneo central aumentou 116% em janeiro e fevereiro em comparação com 2022, segundo a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex).
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