À margem de uma visita ao IPO de Lisboa, Fernando Negrão foi questionado pelos jornalistas sobre os prejuízos recorde do Novo Banco, hoje conhecidos, e sobre a entrevista do secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Mourinho Félix, ao jornal Dinheiro Vivo e à rádio TSF, na qual admitiu que o Estado possa ter de injetar dinheiro no Novo Banco.

“Naturalmente que o PSD continua a ver essa matéria com enorme preocupação. Essa matéria tem anos, ainda há pouco tempo soubemos que já foram gastos 17 mil milhões de euros no que diz respeito ao reforço de capitalização dos bancos”, começou por responder.

Sem se alongar, o líder da bancada parlamentar do PSD sublinhou que “toda a atenção é pouca” para se continuar “a olhar para esse problema” e analisar “com muito cuidado esses reforços de capital”.

O Novo Banco teve prejuízos de 1.395,4 milhões de euros em 2017, acima dos 788,3 milhões de euros, devido à constituição de "elevados montantes" de provisões, segundo comunicou a instituição ao mercado.

No comunicado à CMVM, o Novo Banco diz que "os prejuízos apresentados decorreram, fundamentalmente, do reconhecimento de montantes elevados de imparidades, de acordo com as exigências das autoridades europeias por forma a que as instituições bancárias tenham condições de recuperar rentabilidade de uma forma mais rápida e consistente".

O Novo Banco constituiu, o ano passado, 2.057 milhões de euros em imparidades (provisões para potenciais perdas), quer para crédito quer para negócios a serem alienados ou descontinuados.

O banco refere ainda que recorreu em 791,7 milhões de euros ao mecanismo de capital contingente, acordado aquando da venda ao Lone Star, pelo qual o Fundo de Resolução bancário (sob gestão do Banco de Portugal) ficou de capitalizar o Novo Banco em caso de necessidades de capital em determinadas circunstâncias.

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