“Estou muito preocupado com os sintomas acelerados do aquecimento global na Venezuela e no mundo em geral”, disse.
Ao fazer um balanço dos trabalhos das Brigadas Comunitárias-Militares para a Educação e Saúde, numa transmissão televisiva, Maduro referiu que, no estado venezuelano de Anzoátegui (250 quilómetros a leste da capital, Caracas), a temperatura atingiu “35 graus”. “É um forno”, sublinhou.
“Secas brutais na Argentina, Uruguai, Paraguai, Panamá, chuvas tormentosas e torrenciais na Venezuela, Colômbia, Peru e um aquecimento global que já está a ter impacto”, explicou.
Nicolás Maduro precisou que este é um tema que esteve a analisar durante esta semana. “Temos estado até quatro graus acima da média, estamos a ter o ano mais quente da história da Venezuela”, notou.
“Isso afeta as terras para a produção de alimentos, tem impacto nas fontes de água (…). Não nos apercebemos, mas tem um impacto na nossa saúde. Esses calorões atingem as pessoas e aumentam a tensão [arterial], sobe isto e aquilo. Tem um impacto na vida dos animais. Os gatos e os cães andam à procura de um sítio para se esconderem do calorão”, disse.
Por isso, sublinhou, “temos de nos preparar e aprender a viver com os fenómenos das alterações climáticas: águas torrentosas, chuvas torrenciais, secas, calorões”.
“Eu estou preparado e atento 24 horas por dia à questão climática. É uma questão de grande importância, de grande interesse, e nós estamos atentos”, frisou.
O Presidente da Venezuela explicou que esteve esta semana no Brasil, onde a questão das alterações climáticas foi discutida num encontro de líderes sul-americanos, convocado pelo homólogo brasileiro Lula da Silva.
“Uma questão vital que foi colocada como uma prioridade (…) para podermos coordenar as instituições, os grupos de trabalho e para que todos os governos da América do Sul possam ter uma só política em função desta mudança climática”, sublinhou.
Segundo a imprensa local, a temperatura média na Venezuela oscila entre os 18 e os 23 graus celsius. No entanto, entre os meses de junho e setembro, algumas regiões do país registam temperaturas máximas médias diárias de até 32 graus.
Julho é o mês mais quente do ano, com uma temperatura máxima média de 33 graus e mínima de 24 graus.
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