O Prémio Nobel da Física foi atribuído a três cientistas cujas experiências “deram à humanidade novas ferramentas para explorar o mundo dos eletrões dentro dos átomos e moléculas”.
Segundo a Real Academia Sueca de Ciências, os seus “métodos experimentais geram pulsos de luz de attossegundos para o estudo da dinâmica dos eletrões na matéria”.
Explica a Academia que "em 1987, Anne L’Huillier descobriu que muitos tons diferentes de luz surgem quando se transmite luz laser infravermelha através de um gás nobre. Cada harmónico é uma onda de luz com um determinado número de ciclos para cada ciclo da luz laser. Estes são causados pela interação da luz laser com os átomos do gás; que dá a alguns eletrões energia extra que é então emitida como luz. Anne L’Huillier continuou a explorar este fenómeno, preparando o terreno para avanços subsequentes".
Já em "em 2001, Pierre Agostini conseguiu produzir e investigar uma série de pulsos de luz consecutivos, em que cada pulso durou apenas 250 attossegundos. Ao mesmo tempo, Ferenc Krausz trabalhava com outro tipo de experiência, que permitia isolar um único pulso de luz com duração de 650 attossegundos".
Estas descobertas "permitiram a investigação de processos que são tão rápidos que antes eram impossíveis de acompanhar", o que permitirá desenvolver no futuro novas aplicações nas áreas da eletrónica e da medicina.
Após o da Medicina na segunda-feira, este é o segundo Nobel a ser anunciado, seguindo-se nos próximos dias os galardões relativos à Química, Literatura, Paz e Economia.
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