A Real Academia Sueca de Ciências explica que os três laureados foram distinguidos "pelos seus estudos de fenómenos caóticos e aparentemente aleatórios. Syukuro Manabe e Klaus Hasselmann estabeleceram a base de nosso conhecimento sobre o clima da Terra e como a humanidade o influencia. Giorgio Parisi é distinguido pelo seu contributo revolucionário para a teoria de materiais desordenados e processos aleatórios".

O anúncio foi feito hoje em Estocolmo pelo secretário-geral da Academia, Goran Hansson.

Os prémios Nobel, que este ano celebram o 120.º aniversário desde as primeiras atribuições, em 1901, são anunciados entre 4 e 11 de outubro.

Segundo a ordem estabelecida, o de medicina foi o primeiro a ser conhecido, seguido do da física e de química.

Os pontos altos serão os anúncios dos prémios de literatura e paz, no dia 07 e 08 de outubro, respetivamente, antes do mais recente prémio de economia, ser atribuído, no dia 11 de outubro.

Os prémios Nobel nasceram da vontade do cientista e industrial sueco Alfred Nobel (1833-1896) em legar grande parte de sua fortuna a pessoas que trabalhem por “um mundo melhor”.

O prestígio internacional dos prémios Nobel deve-se, em grande parte, às quantias atribuídas, que atualmente chegam aos nove milhões de coroas suecas (cerca de 830.000 euros).

Alfred Nobel determinou a sua vontade num testamento feito em Paris, em 1895, um ano antes de sua morte.

Segundo os termos do testamento, cerca de 31,5 milhões de coroas suecas, o equivalente a 2,2 mil milhões de coroas na atualidade (203 milhões de euros), foram alocados a uma espécie de fundo cujos juros deviam ser redistribuídos anualmente “àqueles que, durante o ano, tenham prestado os maiores serviços à humanidade”.

O testamento previa que os juros do capital investido fossem distribuídos ao autor da descoberta ou invenção mais importante do ano no campo da Física, da Química, da Fisiologia ou Medicina, e da obra de Literatura de inspiração idealista que mais se tenha destacado.