Elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), o documento a que a Lusa teve acesso destaca que a taxa de emprego (que “representa a população empregada dos 20 aos 64 anos em percentagem da população residente do mesmo grupo etário) atingiu na região Norte “o valor mais elevado dos últimos 15 anos, com 71,9%”, perante os 71,6% no trimestre anterior e os 68,5% do período homólogo de 2016.
Quanto ao aumento do emprego, o relatório refere que ““foi impulsionado sobretudo pela indústria transformadora, cujo nível de emprego registou o crescimento mais acentuado dos últimos sete trimestres”, bem como pelo “alojamento, restauração e similares”.
“Em sentido contrário, há menos pessoas empregadas no setor primário e na construção”, acrescenta o documento.
O Norte Conjuntura esclarece que o ramo de “alojamento, restauração e similares” registou “mais cerca de 20 mil pessoas empregadas, equivalendo a uma variação homóloga de 29,1%”.
Quanto às indústrias transformadoras, “também com um acréscimo de cerca de 20 mil empregados”, a variação homóloga é de 4,9%”.
O setor primário tem na região Norte “cerca de menos 28 mil pessoas empregadas do que há um ano”, numa variação homóloga de menos 22,2%”.
O emprego na construção apresentou uma queda de 6,4% em termos homólogos, “contrastando com os ganhos alcançados nos quatro trimestres anteriores”.
De acordo com o relatório, o aumento de 3,5% na população empregada residente na região do Norte é o “equivalente a mais cerca de 57 mil pessoas empregadas”.
Segundo o relatório, “apesar de ser um valor inferior ao observado na primeira metade de 2017, supera os resultados dos anos de 1999 a 2016”.
O Norte Conjuntura esclarece que, “em termos homólogos, o crescimento do emprego na região Norte no terceiro trimestre de 2017 explica-se sobretudo pelo aumento do número de mulheres empregadas”, que passaram a ser “mais cerca de 47 mil do que um ano antes”.
Trata-se de uma “variação homóloga de 6,1%, ao passo que, “entre os homens, a variação homóloga do emprego regional foi de 1,2%”.
Quanto à taxa de desemprego da região, no terceiro trimestre de 2017 situou-se “nos 9,3%”, um valor inferior ao do segundo trimestre de 2017 (9,5%) e do terceiro trimestre de 2016 (11,8%).
Os indicadores como “o crédito ao consumo, a importação de bens de consumo ou os levantamentos e compras com cartão, mantiveram no terceiro trimestre de 2017 uma dinâmica positiva na Região do Norte, mas com alguma desaceleração face aos níveis de crescimento anteriores”, acrescenta o relatório.
No plano do investimento, a Região Norte registou “um abrandamento do crescimento da importação de bens de capital e do número de obras licenciadas.
No crédito à habitação “atenuou-se a tendência negativa”.
As exportações de mercadorias por parte de empresas da Região Norte “mantiveram uma variação nominal positiva em termos homólogos, mas inferior à registada na primeira metade do ano”.
As importações feitas por empresas do Norte “sofreram também uma desaceleração, mas registaram ainda assim uma variação homóloga nominal correspondente ao dobro do observado para as exportações”.
Este crescimento das importações “foi uma vez mais impulsionado sobretudo pela atividade industrial”.
No terceiro trimestre de 2017, os dados disponíveis, “sujeitos a atualização”, apontam para um aumento de 3,5% no “número de ativos a descontar para a Segurança Social e residentes na Região do Norte”, face “ao período homólogo de 2016”.
“A Área Metropolitana do Porto voltou a ser determinante, assegurando um contributo que, por si só, explica quase metade do crescimento observado em toda a Região”, descreve o documento.
De acordo com o relatório, “em termos relativos, o crescimento do número de ativos a descontar para a Segurança Social foi particularmente acentuado na sub-região do Cávado”, onde se verificou uma “variação homóloga de 4,3%”.
“Com variações homólogas entre 3,4% e 3,7% surgem as sub-regiões do Tâmega e Sousa, do Ave, do Alto Tâmega, do Alto Minho e da Área Metropolitana do Porto”, acrescenta.
As sub-regiões do Douro e Trás-os-Montes registaram “crescimentos mais modestos”, com uma variação de 3,2% e de 1,6%, respetivamente.
“Em toda a Região do Norte o concelho de Freixo de Espada à Cinta foi o único a observar, no terceiro trimestre, uma ligeira variação homóloga negativa, com menos 0,1%”, observa o documento.
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