A declaração aconteceu numa conferência de imprensa conjunta no final da reunião dos dois governantes que fez parte do programa da visita oficial de dois dias que Michel Temer fez à Noruega.
Já o Presidente brasileiro não falou diretamente sobre a corrupção no seu país nem nas denúncias da JBS que o envolveram em esquemas supostamente ilícitos, mas disse que as instituições no Brasil funcionam com regularidade e que os poderes do executivo, legislativo e do judicial têm liberdade para agir.
Além do tema da corrupção, Erna Solberg falou sobre a preocupação da Noruega com o aumento do desmatamento na floresta amazónica e confirmou a redução na doação do país ao Fundo Amazónia.
A representante do governo norueguês disse que "haverá um menor pagamento em 2017", mas não deixou claro o valor que será cortado.
Os maiores investimentos noruegueses no Brasil estão no setor de petróleo e gás, foco da operação Lava Jato que expandiu as investigações de um esquema de branqueamento de capitais em Curitiba após a descoberta dos primeiros indícios de corrupção na estatal Petrobras.
Das 150 empresas norueguesas presentes no país sul-americano, 75% atuam na indústria de petróleo e gás e na indústria naval, segundo informações divulgadas pelo Governo do Brasil.
A Noruega é, por outro lado, um dos principais parceiros do Brasil na área de proteção ambiental e de desenvolvimento sustentável.
Entre 2009 e 2016, a Noruega investiu cerca de 2,8 mil milhões de reais (750 milhões de euros) no fundo Amazónia, criado para proteger esta floresta.
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