O estudo, publicado no Journal of the American Chemical Society, é liderado por Francisco Ciruela, professor da Faculdade de Medicina e Ciências da Saúde da UB e membro do Instituto de Neurociências (UBNeuro) e do IDIBELL, e tem como primeiro autor o especialista Marc López-Cano.
O trabalho revelou como uma molécula ativada pela luz azul - o composto MRS7787 - é capaz de modular a atividade do sistema imunitário e tratar a psoríase num modelo animal, noticiou na segunda-feira a agência Efe.
A psoríase é uma doença crónica da pele que se manifesta principalmente com sintomas cutâneos (secura, comichão, pele descamativa, manchas e placas anormais).
Afeta cerca de 2% da população e é causada por uma resposta alterada do sistema imunitário que desencadeia a proliferação das células da pele.
Dependendo da gravidade, existem diferentes opções terapêuticas (medicamentos de uso tópico, fototerapia, medicamentos sistémicos, etc.), mas alguns tratamentos convencionais podem ter efeitos nocivos para os doentes.
A investigação liderada pela UB confirmou a eficácia terapêutica de um novo composto contra a psoríase, que pode evitar os riscos associados às terapêuticas conhecidas até ao momento.
Este é um avanço significativo na investigação em fotofarmacologia, uma disciplina de alta precisão focada na ação de compostos (fotofármacos) que podem ser ativados ou desativados farmacologicamente com precisão pela irradiação de luz.
A equipa da UB caracterizou o novo composto MRS7787, uma molécula fotoativada que se liga ao recetor de adenosina A3 – envolvido em várias vias de sinalização intracelular – e gera um efeito anti-inflamatório.
O composto MRS7787 tem duas configurações ou dois isómeros — moléculas com a mesma fórmula química e estrutura e função diferentes — que são rápida e reversivelmente trocados entre si pela luz.
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