Em comunicado, a organização da ONU refere que um painel internacional de cientistas atmosféricos verificou a temperatura, que foi registada por uma estação meteorológica automatizada em Siracusa, na Sicília.
O anterior recorde de temperatura na Europa era de 48,0°C e tinha sido registado na Grécia, em 1977.
No entanto, embora reconhecido pela OMM, o registo na Grécia não foi verificado de forma independente pela organização, ao contrário do novo recorde em Itália.
A OMM verifica de forma rigorosa todos os dados, bem como os instrumentos e condições em que foram registados, antes de confirmar um registo de temperatura, o que explica porque o valor da Sicília só foi validado dois anos e meio depois.
“Essa avaliação cuidadosa dá-nos confiança de que os nossos registos de temperatura global são medidos corretamente”, explicou o geógrafo americano Randall Cerveny, relator sobre clima e extremos meteorológicos da OMM.
“Além disso, esta análise demonstra a tendência alarmante de registos contínuos de altas temperaturas em regiões específicas do mundo”, frisou.
Os resultados da investigação realizada pelo painel de cientistas foram publicados na revista científica International Journal of Climatology.
Um outro perito admitiu igualmente que “é possível, e até provável, que extremos ainda mais severos ocorram no futuro na Europa”.
O comité de peritos da OMM está a realizar investigações adicionais, incluindo sobre se o ciclone tropical Freddy quebrou ou não o recorde de ciclone tropical de maior duração.
O Freddy, que se formou no início de fevereiro de 2023 na costa da Austrália, devastou por duas vezes o sul da África.
O recorde atual de duração é do tufão John, que durou 31 dias, em 1994. O Freddy alegadamente superou este período de tempo, mas a validação ainda não foi concluída.
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