“E assim nós, sua Igreja, somos a comunidade dos chamados: não dos melhores – somos todos pecados. Somos chamados como somos, com nossas limitações e problemas. Pensem nisto: Jesus chama-me como sou, não como queria ser. Somos a comunidade dos irmãos e irmãs de Jesus.

“Amigos, quero ser claro convosco, que sois alérgicos às falsidades e a palavras vazias: na Igreja há espaço para todos, para todos. Ninguém fica de fora, ninguém está a mais. Isto di-lo Jesus claramente quando manda os apóstolos”, afirmou o Papa Francisco.

Fugindo ao texto preparado, o Papa insistiu e pediu aos jovens que digam com ele: “Todos, todos, todos!”

“O Senhor não aponta o dedo, mas alarga os braços: assim no-Lo mostra Jesus na cruz. Não fecha a porta, mas convida a entrar; não mantém à distância, mas acolhe. Nestes dias transmitamos a sua mensagem de amor: Deus ama-te, Deus chama-te.”

O mundo virtual também esteve presente no discurso do Papa Francisco.

"Quero fazer-te notar uma coisa: muitos, hoje, sabem o teu nome, mas não te chamam pelo nome. Com efeito, o teu nome é conhecido, aparece nas redes sociais, é processado por algoritmos que lhe associam gostos e preferências. Mas tudo isso não interpela a tua singularidade, mas a tua utilidade para pesquisas de mercado", começou por dizer o Papa Francisco.

"Quantos lobos se escondem por trás de sorrisos de falsa bondade, dizendo que conhecem quem és, mas sem te querer bem, insinuando que creem em ti e prometendo que serás alguém, para depois te deixarem sozinho, quando já não lhes fores útil. São as ilusões do mundo virtual e devemos estar atentos para não nos deixarmos enganar, porque muitas realidades que nos atraem e prometem felicidade mostram-se depois pelo que são: coisas vãs, supérfluas, substitutos que deixam o vazio interior. Digo-vos isto: Jesus não é assim! Ele tem confiança em ti, em cada um de nós, porque para Jesus, cada um de nós conta.", finalizou esta parte do seu discurso.

O Papa Francisco finalizou a sua intervenção um apelo aos jovens, pedindo coragem a todos.

“Deus ama-nos como somos, não como a sociedade gostaria que fôssemos. Com os nossos defeitos”, pede Francisco. “Porque Deus é pai, que nos ama. Não tenham medo, tenham coragem. Deus ama-nos! Obrigado, adeus!”