Desde lá do alto, do Douro Vinhateiro, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu hoje que os "comentadores queriam que dissolvesse o parlamento, mas o povo não queria", e por isso, Marcelo não acatou a vontade dos comentadores. Mas sim a do povo.

O Presidente da República referia-se à declaração que fez no dia 4 de maio, depois de o primeiro-ministro ter rejeitado a demissão do ministro das Infraestruturas, João Galamba.

Marcelo lembrou ainda que destituir o governo acarretava “mais custos do que vantagens” e tinha em mente duas noções: a dos comentadores que achavam “é agora” ou nunca (...), “deite o jogo abaixo e começa-se de novo”. E a outra [a do povo], que dizia “não, não é só deitar o jogo abaixo”, afirmou, lembrando contudo, que “ter maioria absoluta pode ser um presente, mas é um presente com muita responsabilidade”.

“O povo, quando dá esse presente, diz ‘bom, eu agora dou-te o poder todo para fazeres o que deves fazer. Mas faz! Porque, se não fizeres, eu vou ser mais exigente do que no tempo em que tu podias dizer, ‘olha, eu não pude fazer porque não me deixaram fazer’”, lembrou o Presidente da República.

O chefe de Estado falava aos jornalistas no Peso da Régua, distrito de Vila Real, onde irão terminar, no sábado, as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Este ano, cabe ao enólogo João Nicolau de Almeida, de 74 anos e pioneiro da 'renovação' dos vinhos de mesa do Douro, presidir à comissão organizadora das celebrações do 10 de Junho, que começaram na África do Sul, com Marcelo e Costa juntos a visitar a comunidade de emigrantes portuguesa onde se inclui Tim Vieira, o empresário que quando "está cá, está com saudades de estar lá”, e quando “está lá”, tem saudades de “estar aqui”, fazendo lembrar uma das canções do Variações. Sentimento de muitos dos que estão ou estiveram “lá”, concerteza já sentiram.

Tim Vieira apresentou, recentemente, a candidatura à Presidência da República.

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