O príncipe Andrew e Sarah Ferguson não se vão juntar ao resto da família real britânica no Natal em Sandringham, segundo o canal britânico Sky News.
Esta informação surge depois de um suposto espião chinês com ligações ao Duque de Iorque ser publicamente nomeado pela primeira vez, quando as restrições do Supremo Tribunal foram suspensas na tarde desta segunda-feira.
Yang Tengbo, anteriormente descrito como um "confidente próximo" da realeza, era conhecido apenas como "H6" depois do tribunal impor uma ordem de anonimato. Porém, numa declaração na segunda-feira, o empresário informou que "a descrição generalizada da minha pessoa como um 'espião' é totalmente falsa".
Na semana passada, este homem perdeu um apelo em tribunal sobre uma decisão que o impedia de entrar no Reino Unido por motivos de segurança nacional e na sexta-feira, o príncipe André afirmou que "cessou todo o contacto" com o empresário chinês.
Numa declaração do seu gabinete, o Duque de Iorque informou que cortou relações depois de "conselhos" de autoridades, mas insistiu que os dois nunca discutiram nada de "natureza delicada".
O Ministério do Interior considerou que o empresário de 50 anos estava envolvido em "atividades secretas e enganosas" em favor do Partido Comunista da China e representava uma ameaça à segurança nacional.
A proximidade do suposto espião com André era tamanha que este chegou a convidá-lo para a sua festa de anos em 2020, conforme revelado numa audiência realizada em julho. Além disso, o homem tinha permissão para agir em nome do duque de Iorque na procura de investidores chineses para projetos em comum.
O príncipe esteve presente durante o período festivo em Sandringham nos últimos dois anos já com Carlos III. E no ano anterior Isabel II tinha cancelado a sua visita tradicional à propriedade de Norfolk para ficar no Castelo de Windsor.
O duque juntou-se também a outros membros da Família Real em Sandringham em 2019, naquela que foi a sua primeira aparição pública desde que deixou os deveres reais oficiais devido à sua amizade com o criminoso sexual condenado, Jeffrey Epstein.
O ano passado, o príncipe André foi visto a caminhar ao lado de outros membros da realeza até a igreja para a missa de Natal da família na Igreja de Santa Maria Madalena. Nessa altura, pela primeira vez em décadas, foi acompanhado por sua ex-mulher Sarah Ferguson.
Embora Sarah não tenha ido à igreja com a família nos últimos anos, acredita-se que tenha sido convidada para o almoço de Natal em Sandringham em diversas ocasiões, segundo a imprensa britânica.
Antes do ano passado, a duquesa foi vista pela última vez a caminhar para a igreja com membros da família, incluindo Isabel II, no início dos anos 90.
Recorde-se que príncipe André, de 64 anos, renunciou a suas funções reais em 2019 devido aos laços que manteve com o falecido empresário americano Jeffrey Epstein, que cometeu suicídio na prisão no mesmo ano, e às acusações de agressão sexual.
O irmão do rei Carlos III, que sempre negou as acusações, chegou a um acordo amigável em fevereiro de 2022 com Virginia Giuffre, de 40 anos, que o acusava de a ter agredido sexualmente em 2001, quando esta tinha 17 anos e fazia parte da rede de tráfico de menores chefiada por Epstein.
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