“As obras de requalificação do Palácio de D. Manuel já estão em curso” e têm um prazo de execução de 600 dias, explicou o município, em comunicado.
A empreitada, contratualizada por mais de 1,2 milhões de euros, é financiada a 85% por fundos comunitários, ao abrigo do Programa Operacional Alentejo 2020, sendo os restantes 15% suportados pela autarquia.
O projeto é assinado pelos arquitetos Victor Mestre, da Universidade de Coimbra, e Sofia Aleixo, da Universidade de Évora, e a intervenção, assinalou o município, pretende “dotar todo o edifício de modernas condições de segurança e funcionalidade”.
“Este icónico monumento”, que já completou cinco séculos de existência, “vai beneficiar de obras de conservação e consolidação estrutural que, entre outros, incluem trabalhos de estabilidade na cobertura”, indicou a câmara.
A intervenção vai também tornar “mais funcional” a acessibilidade ao edifício, com a instalação de “um elevador adaptado a visitantes com mobilidade reduzida” e a criação de “um novo acesso a partir da Praça 1.º de Maio”.
A adaptação das instalações sanitárias ou a renovação das condições térmicas e acústicas são outras das valências objeto de requalificação, indicou o município, realçando, contudo, que o projeto não envolve alterações no exterior do palácio.
“Não estão previstas modificações na imagem exterior, pelo que o Palácio de D. Manuel irá conservar a linha estética que o caracteriza”, afiançou.
A requalificação deste monumento está integrada no projeto de criação do “Centro de Acolhimento Turístico e Interpretativo de Évora e Alentejo Central”, lembrou a Câmara de Évora.
Este projeto, continuou, irá envolver, “num futuro próximo, toda a Praça 1.º de Maio, com adaptação dos edifícios do Mercado e do Museu de Artesanato”.
O objetivo passa por criar “estruturas que possam responder ao nível de exigência dos fluxos turísticos, nomeadamente no que se refere ao apoio geral, logística e informação qualificada, não apenas sobre a cidade de Évora, mas também” sobre “todo o Alentejo Central”, referiu.
Em julho, o presidente da câmara, Carlos Pinto de Sá, explicou à agência Lusa que, após as obras de requalificação, o monumento vai “continuar a receber conferências e reuniões”, mas passará a ter “um centro interpretativo da cidade” e a servir como “primeira porta de receção ao turista”.
Na altura, o autarca referiu ainda que a requalificação do palácio resultava de uma parceria do município com a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), candidatada a apoios comunitários.
A construção do Palácio de D. Manuel, atualmente com vocação cultural, terá arrancado no século XIV, data em que terá começado a ser residência e Paço Real.
O edifício enquadrava-se, então, num complexo único que englobava um convento, a Igreja de S. Francisco e o Paço Real.
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