Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins (PS), referiu que a autarquia recebeu novas garantias da tutela de que “nas horas de ponta, de manhã e no final do dia”, a ligação direta da Linha Amarela irá continuar a verificar-se quando a linha circular entrar em funcionamento.

“Irão produzir-se nessa fase os ajustes necessários de acordo com a capacidade de operação e os hábitos dos utentes do metro”, explicou o autarca.

As novas garantias da tutela foram dadas na sequência da divulgação de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA), publicado há duas semanas.

No entanto, Hugo Martins considera que o EIA, apesar de ter sido elaborado antes de terem sido dadas as primeiras garantias à autarquia, já perspetiva que a Linha Amarela continuará em funcionamento.

“Tal como refere o estudo, apesar de o projeto incluir a construção de dois novos viadutos na zona do Campo Grande para ligar os troços Cidade Universitária – Campo Grande - Alvalade e Telheiras – Campo Grande – Quinta das Conchas, os viadutos existentes não serão desativados. Assim, os comboios com origem em Odivelas poderão continuar com a ligação direta ao eixo central de Lisboa”, apontou.

Um dos receios dos utentes que utilizam a linha amarela, a partir da cidade de Odivelas, é que existisse uma interrupção da linha na estação do Campo Grande (Lisboa), o que obrigaria a um transbordo para quem quisesse continuar o trajeto até ao Rato.

Essa alteração estava prevista no plano de desenvolvimento operacional da rede do Metropolitano de Lisboa, apresentado em maio de 2017.

Contudo, em junho, na sequência de algumas manifestações de protesto, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, garantiu ao presidente da Câmara de Odivelas de que a Linha Amarela iria afinal ser partilhada com a circular, garantia agora reforçada.

O Governo anunciou em maio do ano passado que o Metropolitano de Lisboa irá ter mais duas estações até 2022 - Estrela e Santos -, estando previstas também estações nas Amoreiras e em Campo de Ourique, embora nestes dois casos sem uma data prevista de conclusão.

De acordo com o plano de desenvolvimento operacional da rede, apresentado em conferência de imprensa, em Lisboa, está prevista uma ligação da estação do Rato (atual Linha Amarela) ao Cais do Sodré (Linha Verde), com duas novas estações na Estrela e em Santos.

Contudo, o atual traçado da Linha Amarela, que liga as estações de Odivelas ao Rato, irá, segundo o novo plano, sofrer alterações de percurso e passará a integrar também a estação de Telheiras (Linha Verde).

Assim, segundo o novo plano, a Linha Amarela passará a ligar Odivelas a Telheiras (com desvio no Campo Grande) e as restantes atuais estações que fazem parte desta linha (Cidade Universitária-Rato) passarão a fazer parte da Verde, que irá assumir um trajeto circular.