Num comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários do Brasil, a Oi explica que “o Conselho de Administração aprovou alterações na estrutura de seus comités de assessoria, que visam aperfeiçoar a sua governança, bem como alinhá-la aos desafios e necessidades que se apresentam”.

Tais mudanças implicam a extinção dos comités de “Governança Corporativa e Finanças, de Engenharia, Tecnologia e Redes e de Riscos e Contingências”, estruturas criadas há cerca de oito anos no âmbito de uma parceria estratégica com a antiga Portugal Telecom.

A Oi, na qual a portuguesa Pharol é acionista de referência com 27% das ações, esteve inclusive num processo de fusão com a Portugal Telecom, que nunca se concretizou.

Na reunião do Conselho de Administração, e “de forma a procurar mais eficácia e agilidade nos seus trabalhos”, a Oi aprovou a criação dos comités para Acompanhamento da Implementação do Plano de Recuperação Judicial e de Auditoria, Riscos e Controles.

Decidiu, também, contratar um assessor estratégico que estará “ligado ao Conselho de Administração”, numa tentativa de “assegurar foco específico nas agendas de reestruturação e evolução estratégica da Companhia”.

Manteve, por seu lado, o comité de Pessoal, Nomeações e Remuneração.

No comunicado ao mercado, a Oi aponta que o Conselho de Administração aprovou ainda novas direções executivas, uma de Operações (nas áreas de redes, tecnologia e digital) e outra Comercial (nas áreas empresarial, corporativa e de relacionamento com clientes).

Para liderar tais estruturas foram escolhidos José Claudio Moreira Gonçalves e Bernardo Kos Winik, respetivamente.

O objetivo é “aprimorar a eficiência organizacional”, indica a companhia brasileira, precisando que, enquanto a direção de Operações visa “acelerar o processo de transformação tecnológica e digital”, a Comercial servirá para “conduzir as ações comerciais e de produtos para fortalecer a geração de receita”.

Na quinta-feira, a Oi informou também o mercado de que a agência de notação financeira Standard & Poor’s “elevou os ‘ratings’ de crédito corporativos” da companhia “de D para CCC+, na escala global, e de D para brB, na escala nacional”.

Ao mesmo tempo, a S&P considerou que “todos os ‘ratings’ de dívida da companhia continuam avaliados em D, ressalvando que a conclusão das operações de reestruturação das dívidas previstas no Plano de Recuperação Judicial ainda está sujeita a aprovações de outras jurisdições, o que pode levar vários meses”, acrescentou a Oi.

Por seu lado, a S&P “também afirmou que a perspetiva de crédito corporativo da companhia é positiva, o que pode implicar em aumento adicional dos ‘ratings’ de crédito corporativo nos próximos 12 meses, se a Oi executar o Plano de Recuperação Judicial”, adiantou a operadora.

A Oi está num processo de recuperação desde 2016, com o objetivo de reduzir o passivo da empresa, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 16 mil milhões de euros).

O Plano de Recuperação Judicial propõe-se a reduzir o passivo da empresa através da conversão de 75% da dívida suportada pelos credores, aos quais serão concedidos direitos sobre a companhia.

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