“Aproximámo-nos de um barco pneumático que estava à deriva, eram 167 a bordo, 11 estavam mortos, entre eles algumas mulheres grávidas e mães”, indicou de início a organização, antes de corrigir o balanço para 13 mortos.
Na mesma zona, e “num mar agitado”, o navio da organização internacional Save The Children resgatou 70 migrantes que tentavam a travessia numa pequena embarcação, indicou a guarda costeira italiana.
O ministro do Interior italiano, Marco Minniti, deve receber na quarta-feira diversas ONG para discutir um novo código de conduta que a Itália pretende que seja aplicado por estas organizações.
Este novo código, aceite por Bruxelas, prevê uma dezena de medidas, incluindo a proibição para os navios humanitários de entrarem em águas territoriais líbias ou a obrigação de acolherem a bordo representantes da polícia judiciária especialistas no tráfico de seres humanos.
As ONG estão divididas sobre este código de conduta, com algumas dispostas a colaborarem com o Governo e outras a recusarem qualquer tipo de limitação.
No entanto, o ministro assegurou que não autorizará o acesso aos portos italianos às organizações que não assinarem esse documento.
Apesar de reafirmar que vai prosseguir o “seu dever” no acolhimento às vagas de migrantes, a Itália tem vindo a pressionar os parceiros europeus para que demonstrem uma atitude mais solidária.
O país transalpino tem-se referido com regularidade a um apoio insuficiente da União Europeia (UE) face a um afluxo sem precedente de migrantes, e com o país na primeira linha após a alteração das principais rotas do Mediterrâneo oriental (Turquia-Grécia) para o Mediterrâneo central (Líbia-Itália).
Roma também solicitou alterações técnicas à missão europeia “Sophia”, que dirige. Decidida em maio de 2015, a “Sophia” tem por objetivo combater o tráfico de migrantes no Mediterrâneo e deverá ser prolongada a partir de 28 de julho.
Os últimos números da Organização Mundial de Migrações (OIM) indicam que 111.514 migrantes e refugiados chegaram à Europa por mar desde o início de janeiro, dos quais 93.500 à Itália. Mais de 2.360 morreram ao tentar a travessia.
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