“A polícia nacional no Uíge deve pôr em liberdade imediatamente o repórter Nsimba Jorge, correspondente da AFP, detido neste sábado 11 de fevereiro, pelas 20:00 quando saía do hospital, onde foi completar a sua reportagem, na sequência dos incidentes ocorridos no estádio 4 de Janeiro que ceifou a vida de dezenas de pessoas adeptas de futebol”, escrevem os ativistas desta ONG angolana.

A Lusa contactou o chefe de redação da AFP em exercício, Philippe Valat, para obter uma confirmação da informação avançada pela ONG.

O responsável da France Presse respondeu apenas que não confirma a detenção e não acrescentando “mais comentários nesta altura”.

“Contam testemunhas no local que o repórter foi interpelado por uma patrulha da polícia que o aguardava sob alegação de que não tinha autorização para se deslocar a estabelecimento hospitalar e contactar os feridos”, refere o comunicado da Misa Angola.

A declaração da Misa Angola surge dias depois da morte de pelo menos 17 pessoas, na sexta-feira, alegadamente ao tentarem forçar a entrada no estádio 04 de Janeiro, onde a equipa local se estreou no campeonato angolano de futebol (Girabola).

“A presença de repórteres de órgãos independentes não é bem vista pelas autoridades locais”, lê-se no comunicado, que dá conta que “novos relatos indicam que a polícia terá usado gás lacrimogéneo para dispersar a multidão impaciente junto dos portões do estádio, causando pânico e mortes”.

Situada a cerca de 300 quilómetros de Luanda, a cidade do Uíge é capital da província com o mesmo nome, no norte de Angola, na fronteira com a República Democrática do Congo.

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