“O nosso melhor cenário neste momento é ter um evento com jogadores que possam chegar aqui cumprindo quarentenas, e com adeptos somente australianos”, disse Craig Tiley, à Associated Press.
Sem poder prever ou controlar o avanço da pandemia, o diretor-geral do ‘major’ australiano, o primeiro dos ‘Grand Slam’ de cada temporada, assume que “o pior cenário” será mesmo o de não haver competição, sendo que a organização está preparada para as “diversas situações”.
A pandemia adiou ou cancelou mais de 30 torneios, com Roland Garros a ser transferido de maio para setembro e Wimbledon a ser cancelado pela primeira vez em 75 anos. Em junho, decide-se quanto ao Open dos Estados Unidos, o último dos quatro ‘Grand Slam’.
Na terça-feira, o espanhol Rafael Nadal, número dois do ‘ranking’ mundial, admitiu que a época do ténis mundial apenas regresse em 2021, mostrando-se cético quanto a um recomeço ainda este ano, devido à pandemia da covid-19.
“[Regressar aos ‘courts’ ainda este ano] Oxalá, mas não acredito. Infelizmente. Espero estar preparado para 2021″, disse o tenista numa entrevista ao jornal El País, na qual falou em especial sobre o cenário existente devido ao novo coronavírus.
O vencedor de 19 torneios do ‘Grand Slam’, 12 dos quais na terra batida de Roland Garros, revelou pouca confiança no regresso à competição ainda este ano.
“Preocupa-me mais o Open da Austrália, do que aquilo que venha a acontecer no final deste ano. Vejo 2020 praticamente perdido. Tenho a esperança de poder recomeçar no próximo. Desejo que assim seja”, disse o tenista, de 33 anos.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 257 mil mortos e infetou quase 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
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