Em comunicado, a empresa refere que pretende assim reforçar a operação no âmbito do contrato com a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), empresa pública gestora da marca comum de autocarros da Área Metropolitana de Lisboa.

“Com capacidade para cerca de 90 pessoas, cada um destes autocarros vai contribuir para aumentar o número de utentes do transporte público nestes concelhos, permitindo, por outro lado, uma mobilidade mais amiga do ambiente”, explica a empresa.

No total, adianta, foram investidos mais de 18 milhões de euros, através de um concurso público internacional, sendo que 8,3 milhões são oriundos do Fundo Ambiental e do Plano de Recuperação e Resiliência.

Além da aquisição de novos autocarros, de acordo com a operadora, o investimento permite a instalação de carregadores de última geração nas oficinas da Alsa Todi, nos concelhos de Setúbal e da Moita.

Estes carregadores garantem a carga completa de cada veículo em cerca de três horas, com os carregamentos a serem realizados nas horas de vazio, ou seja, nas horas de menor utilização da rede pública de distribuição.

A nova frota de autocarros está equipada com wifi, USB e ar condicionado e inclui lugares para passageiros com mobilidade reduzida e para transporte de carrinhos de bebés.

A Alsa Todi tem já a operar 23 autocarros totalmente elétricos e 35 movidos a gás, a que se juntam agora estes 44 novos veículos.

Os cálculos realizados pela empresa preveem a redução de emissões de CO2 em 300 toneladas/ano.

O responsável da Alsa Todi em Portugal, Juan Gomez Piña, considera que este “é um marco muito relevante na operação da empresa”, reafirmando o compromisso “em garantir o melhor serviço às populações de Alcochete, Barreiro, Montijo, Moita, Palmela e Setúbal”.

“O nosso principal foco é trabalhar sempre para esse objetivo. Por outro lado, reforça também o nosso compromisso com a sustentabilidade e com a mobilidade amiga do ambiente, cada vez mais necessário e urgente nos dias de hoje”, acrescenta.

Na sexta-feira, o presidente da Câmara Municipal de Alcochete disse, em declarações à agência Lusa, que a operadora estava a realizar um péssimo serviço, com relatos de carreiras que não apareciam ou que apareciam antes ou depois dos horários.

Fernando Pinto relatou também que a situação tem sido mais gravosa para as crianças do Passil e da Fonte da Senhora, duas zonas que distam 10 quilómetros do centro de Alcochete, que por falta de transporte se têm deslocado a pé para as escolas do concelho.

O autarca teve hoje uma reunião com o 1.º secretário do Conselho Metropolitano de Lisboa e com a Transportes Metropolitanos de Lisboa para analisar a situação e encontrar soluções.

Em declarações à agência Lusa hoje, o presidente da Câmara Municipal de Alcochete disse que foram apresentadas algumas justificações para os incumprimentos e avançada a novidade de reforço de mais viaturas, nomeadamente as 44 elétricas e outras 10 não elétricas.

“Pareceu-me positiva a reunião. Colocámos em cima da mesa todos os problemas para que a TML consiga encontrar as soluções adequadas para a resolução dos problemas dos nossos munícipes. O objetivo é de se continuar a trabalhar. Vamos ter viaturas para reforçar e vamos aguardar”, disse.

Os novos autocarros amarelos da Carris Metropolitana começaram a operar em 01 de junho de 2022 em Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, os primeiros a dar o passo para uniformizar os transportes rodoviários de passageiros em toda a Área Metropolitana de Lisboa.