“Park deve demitir-se. Tendo em conta esta postura, vamos analisar o ‘impeachment’ de Park e a possibilidade de formar um governo provisório se for caso disso”, afirmou a líder do Partido Democrático, Choo Mi-ae.
Choo Mi-ae assegurou que iniciar-se-ão “de forma imediata” os trâmites necessários para o processo de destituição na Assembleia Nacional (parlamento), apesar de advertir que pode demorar até seis meses a ocorrer, segundo um comunicado divulgado pelo partido.
O anúncio chega um dia depois de a Procuradoria da Coreia do Sul ter revelado que a Presidente teve um papel “considerável” no escândalo de corrupção e tráfico de influências que envolve o Governo, ao acusar formalmente uma amiga próxima de Park Geun-Hye e dois antigos assessores.
A Procuradoria indicou que Park cooperou com a sua amiga, Choi Soon-sil, e outros dois ex-colaboradores que terão pressionado mais de 50 empresas do país para doarem 65,7 milhões de dólares (62 milhões de euros) a duas fundações.
O escândalo “Choi Soon-sil Gate”, que estalou há um mês, reduziu a mínimos a popularidade da Presidente e levou toda a oposição e grande parte da sociedade a pedir a demissão de Park, que deve ser interrogada pela justiça em breve.
Milhares de pessoas têm-se manifestado a pedir a demissão da presidente sul-coreana.
A indignação dos sul-coreanos, incluindo de membros do seu partido, tem por base a ideia de que a Presidente foi manietada durante o seu mandato por Choi, que não desempenha qualquer cargo público e foi comparada pelos meios de comunicação social à figura de Rasputin.
Uma recente sondagem coloca a taxa de aprovação de Park nos 5% — o valor mais baixo alguma vez alcançado por um Presidente na Coreia do Sul desde que o país alcançou a democracia no final da década de 1980.
O mandato da Presidente termina dentro de 15 meses.
Caso Park se demita antes, a lei obriga a eleições no prazo de 60 dias.
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