A presidente do partido nacionalista, Mary Lou McDonald, argumentou que, após dois anos no poder, a coligação governamental de centristas, Democratas-Cristãos e Verdes, “chegou ao fim”.
“Eles estão a chegar ao fim, estão sem ideias. Pensamos que é importante agora que, não só o Sinn Féin como líderes da oposição, mas toda a oposição, incluindo os deputados independentes, os confrontem e ponham fim ao seu mandato”, afirmou à estação pública RTÉ.
O Sinn Féin, a antiga ala política do agora inativo Exército Republicano Irlandês (IRA), tomou a decisão assim que o Governo irlandês perdeu a maioria parlamentar com 79 lugares.
O bloco no poder, composto pelo Fianna Fáil, Fine Gael e o Partido Verde, perdeu uma votação sobre uma medida legislativa na semana passada por causa da oposição de um deputado democrata-cristão (Fine Gael), cuja subsequente saída do partido deixou a coligação numa minoria.
“Este Governo perdeu a maioria. Talvez ainda pudesse improvisar maiorias para votações sobre questões específicas, mas após dois anos chegou ao fim da estrada”, disse McDonald.
O Sinn Féin foi o partido mais votado nas eleições legislativas de 2020 mas ganhou os mesmos 37 assentos que o Fianna Fáil, não tendo conseguido uma maioria parlamentar para formar uma coligação de esquerda.
Os dois partidos hegemónicos irlandeses, Fianna Fáil e Fine Gael, uniram forças com os Verdes para dividir a legislatura, com um primeiro-ministro centrista na primeira metade (Micheál Martin) e um primeiro-ministro democrata-cristão na segunda (Leo Varadkar).
A moção de censura do Sinn Féin será debatida na próxima semana, antes do encerramento do parlamento irlandês para as férias de verão.
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