O concurso de ave do ano da Nova Zelândia está no meio de uma controvérsia, depois de uma espécie de morcego nativo ter sido admitida na lista dos candidatos, conta o The Guardian. O morcego de cauda longa ou pekapeka-tou-roa é o primeiro mamífero incluído no concurso, que tem vindo a ocorrer há 16 anos.
Segundo Laura Keown, porta-voz da organização Forest & Bird, permitir a entrada de morcegos na lista não é uma forma de "reabilitação de relações públicas" após estes mamíferos alados terem sido implicados na criação de uma pandemia global.
"Os nossos morcegos nativos são completamente inocentes a esse respeito. Eles são adoráveis e especiais e não são responsáveis por doenças", afirmou, frisando que o objetivo é apenas mostrar uma espécie em perigo de extinção.
Mas o anúncio causou alguma consternação entre os neozelandeses. "Um mamífero está a roubar a ave do ano do concurso. Queremos ser inclusivos, mas...", comentou o NZ Science Learning Hub.
"Eu adoro morcegos, mas os morcegos não são pássaros", comentou um utilizador do Twitter. "É adorável, mas não é um pássaro", disse outro.
Contudo, há também quem apoie a candidatura. "Quem pode ficar zangado com um morcego a correr para a ave do ano da Nova Zelândia, quando age mais como um pássaro do que a maioria das nossas aves reais? Os nossos únicos mamíferos pensam que são pássaros. Os nossos pássaros pensam que são mamíferos escavadores", escreveu um utilizador no Twitter.
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