As multas foram aplicadas durante uma operação de fiscalização realizada pela Superintendência para a Defesa dos Direitos Sócio-Económicos (Sundde) em que participaram mais de uma centena de autodenominados 'fiscais', entre funcionários daquele organismo, membros das Forças Armadas Venezuelanas e militantes da União Nacional de Mulheres.

"Estamos a notificar as multas àquelas padarias que tinham sido já inspecionadas, entre 10 mil e 50 mil unidades tributárias (entre 1,77 milhões e 8,85 milhões de bolívares fortes, que equivalem a entre 158.000 e 790.000 euros à taxa oficial de câmbio Dipro), por reincidência", disse o superintendente William Contreras.

Em declarações aos jornalistas, aquele responsável precisou que "algumas" padarias foram ainda encerradas "porque persistem as condições de insalubridade, especulação e má atenção aos usuários".

Durante as inspeções foi ainda supervisionado o processo de elaboração do pão, tendo as autoridades constatado que a distribuição de matéria prima tem sido feita de maneira "desigual" às padarias, prejudicando as que estão situadas mais próximo de setores populares.

A agência Lusa tentou, sem sucesso, contatar vários empresários portugueses, para ter a sua versão das inspeções, conseguindo no entanto confirmar, através de telefonemas de pessoas, que várias padarias estavam encerradas.