No sábado, a Associação de Profissionais da Guarda (APG/GNR) disse que Carlos Barbosa “não é de boas contas”, referindo que “não foram poucas as vezes em que os profissionais da GNR foram pagos tarde e más horas”, pelos serviços feitos no Rali de Portugal.

“Essas críticas não fazem sentido, nós pagamos sempre à GNR antes de começar o Rali. Há sete anos que fazemos assim, porque a lei o obriga”, reiterou Carlos Barbosa, na assinatura do protocolo para manter a prova no Campeonato do Mundo em 2024.

O dirigente congratulou-se com a confiança dada pelo promotor da competição à organização portuguesa, considerando que é um prémio pelo “esforço que o ACP faz para meter o rali na estrada, mesmo sem os apoios que devia ter”.

Ainda reagindo ao comunicado da APG/GNR de sábado, que apontava que o ACP “ganhava milhões” com a organização do Rali de Portugal, Carlos Barbosa apontou em direção contrária.

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“Se soubesse ler um balanço, veria que nas contas do ACP perdemos 400 mil euros com o rali todos os anos, ao contrário de ganharmos milhões com se disse”, reiterou Carlos Barbosa.

O presidente do ACP disse que na segunda-feira irá reunir com o ministro da Administração Interna para debater, novamente, os custos que organização paga à GNR para operação de segurança do rali.

“Não temos qualquer problema com a GNR, fazem um excelente trabalho e só temos de agradecer. Isto é um problema entre nós e o governo, que é quem tutela a guarda e devia assumir este custo, porque estamos a prestar um serviço publico”, disse Carlos Barbosa.

O dirigente foi mais longe e apontou que em “Fátima [nas cerimónia do 13 de maio] estão 700 militares da GNR que não foram pagos por ninguém”.

“Penso que, apesar de tudo, a igreja com as peregrinações ganha bastante dinheiro e também devia pagar isso”, concluiu Carlos Barbosa.

JPYG/AGYR // AJO

Lusa/fim