Francisco fez esta reflexão na sua terceira exortação apostólica intitulada "Gaudete et Exsultate" ("alegrar e ser feliz"), que o Vaticano publicou hoje e na qual aborda “a santidade no mundo contemporâneo", seus "riscos, desafios e oportunidades".
Jorge Bergoglio elogia os "padres, freiras, religiosos e leigos que se dedicam a anunciar e a servir com grande fidelidade, muitas vezes arriscando suas vidas e, certamente, à custa de conforto".
Francisco lembra que "para ser santo não é necessário ser bispo, sacerdote, religioso ou religiosa", mas que qualquer um o pode ser com o seu comportamento diário.
“Para ser santo, não é necessário ser bispo, sacerdote, religiosa ou religioso. Muitas vezes somos tentados a pensar que a santidade está reservada apenas àqueles que têm possibilidade de se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é assim. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra”, refere.
O papa Francisco pediu ainda aos cristãos que ajudem os pobres e necessitados.
"Não podemos considerar um ideal de santidade quando se ignora a injustiça deste mundo, onde alguns celebram, passam felizes e reduzem suas vidas às novidades do consumo, enquanto outros só olham de fora enquanto sua vida passa e termina miseravelmente", disse.
O papa criticou ainda casos em que também os cristãos fazem parte de redes de violência verbal através da internet e vários fóruns ou espaços de intercâmbio digital.
“Mesmo nos media católicos, é possível ultrapassar os limites, tolerando-se a difamação e a calúnia e parecendo excluir qualquer ética e respeito pela fama alheia. Gera-se, assim, um dualismo perigoso, porque, nestas redes, dizem-se coisas que não seriam toleráveis na vida pública e procura-se compensar as próprias insatisfações descarregando furiosamente os desejos de vingança.”, disse adiantando que por vezes, pretendendo defender outros mandamentos, seja ignorado o oitavo: “não levantar falsos testemunhos”
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