A violência aumentou nos últimos dias no país asiático, nomeadamente contra certos candidatos às eleições legislativas e provinciais de 8 de fevereiro.
A comissão disse que se vai reunir com os responsáveis governamentais pela segurança e com os serviços secretos, “tendo em conta a deterioração da situação de segurança” nas províncias do Balochistão (sudoeste) e de Khyber Pakhtunkhwa (noroeste).
As autoridades já tinham anunciado que vários milhares de membros das forças de segurança seriam destacados como reforços para o escrutínio, nomeadamente na capital, Islamabade, e no noroeste do país, que faz fronteira com o Afeganistão.
Rehan Zeb Khan, candidato independente às eleições legislativas, foi morto a tiro hoje por desconhecidos quando seguia num carro no distrito de Bajaur, em Khyber Pakhtunkhwa.
O candidato tinha acabado de sair de uma reunião eleitoral.
Foi “um assassinato seletivo, com o objetivo de criar o caos durante as eleições”, disse um oficial da polícia local, Kashif Zulfiqar, à agência francesa AFP.
Rehan Zeb Khan ia concorrer como independente depois de não ter conseguido obter a nomeação do Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI), o partido do antigo primeiro-ministro Imran Khan.
Antiga estrela mundial do críquete, o desporto-rei no Paquistão, Khan foi condenado esta semana a duas penas de prisão de 10 e 14 anos por corrupção.
O PTI condenou em comunicado o assassinato de Rehan Zeb Khan e denunciou ataques contra os seus candidatos e comícios nas últimas semanas da campanha.
“É da responsabilidade do governo provisório proteger os candidatos que concorrem às eleições gerais e falhou redondamente”, declarou o PTI, segundo a agência espanhola EFE.
Também dois candidatos do Partido Popular Paquistanês (PPP) foram atacados hoje com granadas em Quetta, a capital do Balochistão.
“Ambos se encontravam nos seus escritórios quando foram atacados por terroristas”, disse um porta-voz do PPP à AFP, acrescentando que cinco pessoas ficaram feridas.
Um outro candidato do PPP foi alvo de um ataque com granadas em casa, nos arredores de Buleda, perto da fronteira com o Irão, mas ninguém ficou ferido. Segundo a polícia, pelo menos quatro pessoas foram mortas na terça-feira num atentado bombista em Quetta, perto de um comício eleitoral do PTI.
As campanhas eleitorais no Paquistão são geralmente marcadas por episódios de violência. No passado, muitos candidatos e eleitores foram alvo de ataques armados e de atentados bombistas perpetrados por insurrectos islamistas.
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