"É um problema, mas não tem que se impor uma solução. A comunidade tem de ser ouvida", acentuou.

Falando à margem de um encontro europeu sobre integração de emigrantes que se realizou nos últimos dias em Paredes, o autarca reconheceu a necessidade de se fazer algo face a um problema que se arrasta em Paredes há décadas, mas insistiu que a solução terá de ser encontrada em diálogo com a comunidade.

O vereador disse que estão a ser mantidas conversações com um representante da etnia cigana em Paredes para ser encontrada a melhor solução e que tem havido abertura da comunidade.

Paulo Silva recordou haver já famílias disponíveis para soluções de alojamento indicadas pela câmara.

"Alguns estão disponíveis para sair", afirmou, recordando que até há fundos comunitários disponíveis para enquadrar uma eventual solução.

O bairro de barracas, onde habitam algumas dezenas de famílias, existe há décadas numa das principais entradas de Paredes, junto à variante urbana, convivendo a poucas dezenas de metros com modernos edifícios de apartamentos, num das zonas mais modernas da cidade.

Para além do impacto visual negativo, o aglomerado provoca preocupações à população, nomeadamente ao nível da salubridade.

Questionado sobre um modelo que teria sido estudado pelo anterior executivo social-democrata, com vista ao alojamento das famílias de etnia cigana, Paulo Silva disse desconhecer se havia, em concreto, algum plano, frisando até que a nova gestão socialista do município não encontrou nada quando chegou à câmara após as eleições.