“Não temos a menor dúvida sobre quem deve estar à frente do Estado russo neste período tremendamente complicado, atrás de quem está a verdade histórica, a justiça e o apoio da maioria”, disse Dmitry Medvedev, ex-presidente e ex-primeiro-ministro e líder do partido no poder.
Depois de ter assegurado que o partido Rússia Unida fará tudo o que estiver ao seu alcance para que Putin obtenha novamente uma vitória “incontestada” nas eleições presidenciais, Medvedev encorajou os delegados presentes a votar de mão no ar.
“A decisão foi aprovada por unanimidade”, declarou o líder do partido, depois de os participantes no congresso terem levantado as mãos na presença do próprio candidato.
A vitória de Putin deve ser “legítima e absolutamente incontestável”, sublinhou.
No sábado, uma iniciativa popular apoiou a candidatura de Putin, que concorrerá como independente, tal como nas últimas eleições. Em 2017, disse que se candidatava como independente de forma a demonstrar um esforço de integração de várias correntes de apoio.
Os apoiantes do líder do Kremlin vão agora dirigir-se à Comissão Eleitoral Central para registar a sua iniciativa e iniciar o processo de recolha das 300.000 assinaturas necessárias.
A controversa reforma constitucional de 2020 permite que o atual Presidente cumpra mais dois mandatos de seis anos cada, até 2036.
Ainda não se sabe quem irá desafiar o inquilino do Kremlin no próximo ano, embora se espere que os comunistas apresentem o seu candidato, tal como a extrema-direita.
De acordo com as sondagens oficiais dos últimos dias, 80% dos russos aprovam Putin, que lidera o país desde 2000, com um hiato de quatro anos (2008-2012) como primeiro-ministro.
Apesar de cada vez mais russos quererem a paz, Putin desiludiu essas esperanças esta semana, na sua primeira grande conferência de imprensa desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
A oposição ao Kremlin vê as eleições como um referendo sobre a atual guerra, na qual a Rússia não conseguiu atingir os objetivos que se propôs em fevereiro de 2022 e sofreu, segundo o Ocidente, mais de 300.000 baixas.
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