A União para a República (Unir) elegeu 59 dos 91 deputados que compõem o parlamento, menos três do que tinha no parlamento cessante.
Sem a participação dos principais partidos da oposição, que denunciaram irregularidades na preparação das eleições, a Unir esperava obter 4/5 dos assentos (73 deputados) para assegurar uma reforma constitucional que visa permitir a Gnassingbé concorrer a mais dois mandatos, em 2020 e em 2025.
A confirmarem-se os resultados provisórios, o partido terá de mobilizar os seus aliados para fazer passar a reforma, desde logo a União das Forças de Mudança (UFC), que elegeu seis deputados, e independentes.
Dez listas independentes elegeram, no seu conjunto, 18 deputados.
No poder desde 2005, Faure Gnassingbé sucedeu ao pai, o general Eyadéma Gnassingbé, que dirigiu o país durante 38 anos.
A taxa de participação dos eleitores foi de quase 60% dos inscritos, sendo que os partidos que boicotaram o escrutínio pediram aos seus apoiantes que não se inscrevessem.
Os resultados das eleições vão ser transmitidos ao Tribunal Constitucional, que dispõe de oito dias para proclamar os resultados definitivos, após a análise de eventuais recursos.
Depois de mais de um ano de crise política, com dezenas de manifestações de protesto, os líderes dos 14 principais partidos da oposição, reunidos na coligação C-14, não apresentaram candidatos e não estarão, por isso, representados no novo parlamento.
Os observadores da União Africana e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) consideraram que as legislativas decorreram num ambiente de calma.
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