Desconhecem-se apenas os números da vila de Malema, no norte do país, ultrapassado o prazo legal para a publicação dos resultados pelos órgãos locais, após a votação realizada na quarta-feira.
A Frelimo manteve o poder na capital, Maputo, enquanto que o principal partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), venceu em sete municípios, incluindo duas capitais provinciais: Quelimane e Nampula.
O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) manteve o poder na cidade da Beira, capital provincial de Sofala.
Os dados foram consultados hoje pela Lusa no portal conjunto do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e Comissão Nacional de Eleições (CNE) e no boletim de observação eleitoral do Centro de Integridade Pública (CIP), organização não-governamental.
Em relação às autárquicas de 2013, em que a Renamo não participou, o número de municípios em que a Frelimo venceu baixou de 49 para 44.
O boletim do CIP nota que a Renamo contesta os números “nos quatro municípios onde a Frelimo ganhou à tangente”, Monapo, Alto Molócué, Moatize e Matola, segundo maior município do país, e ainda em Marromeu, onde alegadamente houve urnas desviadas.
Ossufo Momade, coordenador da comissão política da Renamo, ameaçou no sábado abandonar as negociações de paz com o Presidente da República, devido a alegada manipulação de resultados.
Um porta-voz da Frelimo apelou no mesmo dia para que o principal partido da oposição pare com “chantagens” e preserve o processo de paz.
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