“Isto não é um concurso de estrelas, nem uma feira de gado”, disse esta noite Passos Coelho, referindo-se à expressão utilizada no passado por “outras pessoas que a usaram para caracterizar o país”, alertando que é preciso “sobriedade” nas promessas, porque há “políticos que gostam de vender demasiada ilusão”.
O presidente do PSD reconheceu que os candidatos podem não ter soluções para todos os problemas e reiterou o aviso de que é necessária prudência, falando no encerramento da Convenção Autárquica Nacional do PSD, que culminou esta noite na Maia, Porto, com a assinatura da carta de sete compromissos entre os candidatos às autárquicas.
“Podemos não ter soluções para todos os problemas, mas por favor, em época eleitoral, é bom ter prudência, apesar dos entusiasmos das campanhas, e não deixar na ideia das pessoas que fazemos milagres, porque essa não é a nossa especialidade”, declarou durante a sua intervenção no púlpito.
“Na política, é preciso talento, é preciso trabalho (…), rigor exigência e depois também ser suficientemente prudente”, reiterou.
“Creio que nós podemos com isto mostrar ao país que estamos em condições de servir as pessoas, sem autossuficiência, sem narcisismo”, prosseguiu, mas “com abertura democrática, sem prescindir do que somos, sendo genuínos, autênticos”.
“Não precisamos de transumância ideológica apesar de sermos gente pragmática que quer resolver problemas, mas não queremos resolvê-los com as soluções dos outros. É com as nossas crenças, com as nossas convicções que o temos de fazer. Umas vezes ganhamos, outras vezes perdemos, mas só vale a pena esta atividade política se realmente podermos ter a consciência de o fazer com os nossos princípios, os nossos valores, as nossas ideias”, defendeu Passos Coelho.
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