Questionado hoje por um aluno da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), no período de debate de uma conferência sobre o Orçamento do Estado de 2018, sobre a proximidade de Rui Rio à esquerda e o futuro do PSD na oposição ao Governo socialista, Passos Coelho deixou sem resposta a plateia de cerca de 300 alunos universitários.
"Não é porque eu não pudesse fazer comentários, mas eu não sou comentador. As pessoas pensam, evidentemente, mas não são obrigadas a dizer tudo o que pensam, senão nós assemelhávamo-nos a gente tonta que, em todas as circunstâncias, resolvia fazer considerações sobre todas as coisas que pensam", afirmou Passos Coelho.
"O que eu penso sobre o que se passou nestas eleições do PSD, sobre a estratégia que vai ser seguida, sobre o que o doutor Rui Rio vai fazer ou não vai fazer é, por agora e por muito tempo, uma matéria que só a mim me diz respeito", argumentou.
Passos Coelho lembrou que presidiu ao PSD durante oito anos e frisou que a "última coisa" que gostava de fazer era completar o mandato a fazer comentários sobre o futuro do partido.
"Foi um futuro a que eu não concorri", sustentou Passos Coelho.
No entanto, o presidente dos sociais-democratas, que deixa a liderança no próximo fim de semana, revelou "muita confiança" em que o PSD desempenhe um papel "muito relevante" no espetro político e partidário português, manifestando-se seguro de que o partido "terá um papel decisivo no futuro".
"Tenho a certeza de que toda a gente estará imbuída no melhor espírito para que o seu mandato seja bem sucedido. Porque o partido é de todos nós e a esmagadora maioria das pessoas que eu conheço dentro do meu partido só querem o bem ao seu país e querem que as coisas possam correr o melhor possível para futuro", declarou Passos Coelho.
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