O anúncio da pastora evangélica, e assessora do senador Magno Malta, para o comando do novo Ministério dos Direitos Humanos ocorreu durante uma conferência de imprensa concedida na sede do governo de transição, em Brasília. Segundo o site de notícias G1, a futura ministra encontrava-se com Onyx no momento do comunicado e falou também aos jornalistas.
Damares Alves afirmou que se depender dela, vai protestar contra as empresas onde os funcionários do sexo masculino tenham um melhor salário do que as mulheres na mesma função, numa luta pela igualdade salarial de género.
A futura ministra torna-se assim na segunda mulher a integrar o Governo de Bolsonaro, depois de a deputada federal Tereza Cristina ter sido indicada para o ministério da Agricultura, no mês passado.
De acordo com Onyx, a pasta que será comandada por Damares Alves ficará também responsável pela gestão da Fundação Nacional do Índio (Funai), entidade que dá assistência aos povos indígenas e que fazia anteriormente parte do Ministério da Justiça.
Porém, durante a manhã de hoje, líderes indígenas dirigiram-se a Brasília para solicitar um encontro com o governo de transição, onde pediram que a Funai permaneça vinculada ao Ministério da Justiça, alegando que é única pasta que sabe lidar com conflitos agrários.
O Presidente eleito já definiu 21 dos 22 ministérios do seu executivo, faltando apenas anunciar o titular do Ministério do Meio Ambiente.
O senador Magno Malta, um dos principais defensores da candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência da República, vê agora a sua assessora integrar o executivo, depois de o político da extrema-direita ter descartado a possibilidade de o indicar para qualquer pasta.
Embora tenha elogiado o "amigo", o futuro Presidente do Brasil disse que o "perfil" do senador "não se enquadrou" no desenho do futuro ministério.
O Governo de Bolsonaro toma posse no dia 1 de Janeiro.
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