“Há uma imagem errada que está a passar em França em virtude de repetir de forma obsessiva notícias sobre Lisboa e sobre as condições sanitárias em Portugal. É importante que os portugueses e os franceses saibam que podem ir para Portugal”, afirmou Paulo Pisco em declarações à agência Lusa.
O deputado fez a primeira deslocação a França desde o início da pandemia, tendo encontrado várias figuras-chave da comunidade e fazendo visitas a diferentes associações e instituições lusas na região parisiense.
A informação relativamente à situação da covid-19 em Portugal levou o deputado a ter de assegurar a diferentes interlocutores que é seguro passar férias no país.
“Existem alguns focos, nos limites de Lisboa. Mas há um controlo por parte das autoridades sanitárias e da proteção civil, até das forças de segurança, para que estes surtos sejam controlados”, sublinhou o socialista.
Quanto à situação económica e social da comunidade, o deputado admitiu que possa piorar em setembro.
“Em termos económicos e sociais, a comunidade tem demonstrado alguma resiliência. (…) Em contrapartida, a generalidade dos empresários disse-me que temem que a partir de setembro comecem a surgir mais problemas”, afirmou.
Quanto à situação das associações portuguesas em França, Paulo Pisco alertou que algumas podem mesmo vir “a fechar portas”.
“Algumas associações importantes têm estado fechadas e sem possibilidade de angariação de fundos. Pode dar-se o caso de algumas fecharem portas”, avisou.
De forma a limitar as dificuldades das associações, Paulo Pisco indicou que vai fazer um diagnóstico da situação ao Governo português sobre os maiores problemas que enfrentam estas instituições.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 535 mil mortos e infetou mais de 11,52 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.620 pessoas das 44.129 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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