"Uma das poucas coisas que um ex-presidente de partido pode e deve fazer na hora certa é dizer à nossa gente: esta é a hora de tocar a reunir e esta é a hora de tocar a rebate", afirmou Paulo Portas numa intervenção na última das conferências 'Ouvir Lisboa', da candidatura à Câmara de Lisboa da líder do CDS-PP, Assunção Cristas.
Perante Assunção Cristas, Paulo Portas disse que tem sido "um ex-presidente tão discreto quanto amigo".
"Pela minha discrição fala o meu silêncio, pela amizade fala a minha presença aqui hoje", disse.
"Tempos houve em que eu costumava ironizar que um outro partido, o PSD, tinha um problema e uma qualidade. O problema, parecia-me, é que passava anos em lutas, fações e divisões. A qualidade, às vezes surpreendente, é que na hora da verdade, ou seja, na hora das eleições, juntavam-se todos como uma rocha a defender o emblema e, através dele, o país", afirmou.
"O CDS dispensa replicar a parte do problema, nós somos um partido em paz há muitos anos, mas não é pior ideia alguma inspiração na parte da qualidade", concluiu, numa nota inicial da sua intervenção na conferência que decorreu na Fundação Cidade de Lisboa.
A última das conferências 'Ouvir Lisboa', nas quais Assunção Cristas recolhe contributos para a elaboração do seu programa eleitoral, teve por tema "Lisboa no Mundo", e, além de Paulo Portas, a intervenção da independente Laurinda Alves.
Com a presença do antigo presidente do CDS Adriano Moreira, a conferência teve moderação de António Carmona Rodrigues, o antigo presidente da Câmara de Lisboa eleito pelo PSD, que é o mandatário da candidatura e coordenador destas conferências.
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