"O PCP defende uma renegociação nos juros, prazos e montantes. O Governo opta pelas chamadas micro soluções que podem mitigar momentaneamente o problema mas não o resolvem", afirmou Paulo Sá, no debate de urgência sobre a dívida pública, no parlamento.

Como exemplo, o deputado disse que substituir dívida mais cara por dívida mais barata pode ter um efeito imediato positivo mas "a realidade mostra que as diminutas poupanças resultantes destas operações" são "rapidamente anuladas" por fatores não controláveis por Portugal, como a recente subida das taxas de juro.

"Medidas de esquerda não podem consolidar-se sobre políticas estruturais de direita", criticou Paulo Sá.

No debate, a deputada do PSD Inês Domingos acusou o Governo de "jogar à lotaria" com o futuro do país e questionou "que confiança" podem ter os investidores "quando a dívida sobe em vez de descer" e quando a esquerda insiste "na conversa da renegociação unilateral da dívida", uma "forma suave" de defender o "incumprimento".

A deputada do BE Mariana Mortágua disse acompanhar o PCP na proposta - ainda não votada - para promover uma comissão eventual para a avaliação da dívida, afirmando esperar "contributos úteis".

Para o PEV, a "única forma de reduzir a dívida é proceder "à sua renegociação", disse o deputado José Luís Ferreira.

Pelo PS, o deputado Paulo Trigo Pereira sustentou que os juros da dívida "dependem da estabilidade política" e defendeu que o governo PS "garante essa estabilidade".

No mesmo sentido, o secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo, afirmou que os níveis de confiança no consumidor "está em máximo histórico" o que "significa que os portugueses têm confiança nas políticas que o Governo está a implementar".

Quanto às posições que sustentam uma renegociação da dívida, Álvaro Novo defendeu que "a discussão da divida tem de ser tida no âmbito europeu e não de forma unilateral".

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