Depois de reunir com a administração do aeroporto do Porto e com representantes de trabalhadores, a comunista vincou que os trabalhadores vivem uma "realidade difícil", havendo cerca de 90% deles em `lay-off´ e, consequentemente, com perda de rendimento.

A juntar a esta realidade está a "precariedade" sentida que, referiu, não é de agora, não é efeito da covid-19, mas que por via desta se "evidenciou".

A esmagadora maioria dos trabalhadores tem vínculos precários, nomeadamente subcontratados, em `outsourcing´ ou em prestação de serviços, o que os torna "especialmente vulneráveis", sublinhou.

Diana Ferreira, assumindo esta como uma sua preocupação, garantiu que vai intervir junto do Governo de António Costa, tal como tem vindo a fazer, para resolver estas questões.

Estes trabalhadores são uma necessidade permanente e sem eles o aeroporto não funcionava, vincou.

Mas, em situação de crise, a deputada ressalvou que estes são os primeiros a ser considerados "descartáveis" quando não o são.

A juntar a estas preocupações está a situação da TAP que, segundo a comunista, tem de estar "totalmente nas mãos do Estado".

A parlamentar lembrou que os voos da TAP a partir do Porto são poucos e, por isso, causam preocupação porque são "manifestamente insuficientes" face às necessidades da região.

Considerando que a privatização da empresa prejudicou o Norte e o país com a diminuição de ligações a partir do Porto, Diana Ferreira adiantou que esta reflexão está versada no projeto-lei do PCP sobre o controlo público da TAP que, esta semana, será discutido.

Portugal contabiliza pelo menos 1.534 mortos associados à covid-19 em 39.392 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).