“O PCP contará sempre para a convergência em torno de uma política capaz de enfrentar a difícil situação atual”, disse Jerónimo de Sousa, em conferência de imprensa, na sequência de uma reunião do Comité Central do partido, que decorreu no domingo.

Ladeado pelos dirigentes comunistas Teresa Chaveiro e Miguel Madeira, na sede do partido, em Lisboa, o secretário-geral do PCP advertiu que “a questão não é, em abstrato, sobre se se quer ou não convergir, mas sobre os conteúdos em torno dos quais se tem de convergir”.

“É essa a convergência, determinada, por uma política que abra perspetivas de resposta aos problemas nacionais, a que o PS foge”, completou.

O membro do Comité Central do PCP reforçou que durante a próxima legislatura, independentemente dos resultados do sufrágio de 30 de janeiro, o partido vai fazer “o máximo de convergência” quando as matérias assim o justificaram. Em “todas as medidas positivas” vai haver “a marca do PCP” garantiu.

Jerónimo de Sousa também foi questionado pelos jornalistas sobre se vai voltar a ser o rosto do PCP nas eleições legislativas. O dirigente do partido disse já disse em várias ocasiões que estava disponível para isso, se o partido assim o entender e se a saúde lhe permitir.

Na resposta, o membro do Comité Central comunista disse que o partido ainda está em “fase de preparação das listas, dos seus encabeçamentos, mas no plano pessoal não há grande novidade”.

O secretário-geral foi também interpelado sobre se há probabilidade de João Ferreira (dirigente comunista, vereador na Câmara de Lisboa, antigo eurodeputado e candidato a Presidente da República), Bernardino Soares (dirigente comunista e antigo presidente da autarquia de Loures) ou Vasco Cardoso (dirigente comunista) integrarem as listas pelo PCP.

Sobre esta matéria, Jerónimo de Sousa preferiu dizer que o conteúdo das listas vai ser conhecido “atempadamente”.

“Seria injusto que se comecem a anunciar candidatos de forma avulsa, quando se trata de listas. O encabeçamento é importante, mas a equipa, aqueles que estão colocados com possibilidade de ir a eleições também contam muito. Posso dizer-lhe que não vai assistir, como acontece particularmente nos partidos da direita, àquele frenesim e aquela estonteante forma de escolher os candidatos”, elaborou.

O secretário-geral do PCP também rejeitou as críticas de que o ‘chumbo’ do Orçamento do Estado tenha aberto a porta à direita: “O PCP abriu a porta ao PSD e ao CDS para os afastar do Governo [em 2015]”.

“Há aqui um problema de facto, a que o primeiro-ministro poderá responder. Porquê esta pressa em meter a mão na maçaneta? O futuro dirá”, completou.

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