"Neste momento, já temos roupas em excesso. Temos artigos de vestuário doados suficientes para vestir a população do concelho mais do que duas vezes", afirmou o responsável, na sequência do incêndio que começou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.
O autarca adiantou que, atualmente, os bens que mais falta fazem para ajuda às populações são géneros alimentícios não perecíveis e apelou também à doação de materiais de construção de sementes de hortícolas e árvores de fruto.
"No futuro, as pessoas que queiram contribuir podiam trazer árvores de fruto, sementes de hortícolas e materiais de construção para as pessoas começarem a reconstruir galinheiros e outros abrigos para os animais", disse.
Valdemar Alves recorda que esses materiais devem ser entregues ao município, entidade que está a coordenar no terreno as operações de reconstrução.
Adiantou ainda que atualmente todas as pessoas no concelho estão sinalizadas ao nível de situações de carência, saúde e medicação e dos próprios médicos assistentes.
"As pessoas têm sido a grande preocupação da Câmara, bem como o seu estado de saúde", explicou.
Já em relação às ajudas financeiras, o autarca entende que o Governo se devia pronunciar, por uma questão de coordenação.
"Se o dinheiro é para as vítimas do incêndio tem que ser para as vítimas. Isto não tem nada a ver com desconfiança, mas sim com coordenação. O governo devia pronunciar-se", sustentou.
Quanto ao apoio psicológico, sublinha que é o suficiente nesta altura e que existem equipas multidisciplinares no terreno a cargo da Administração regional de Saúde do Centro (ARSCentro) e também dos fuzileiros.
Valdemar Alves enalteceu a "onda de solidariedade nunca vista até hoje" que se gerou em torno da população de Pedrógão Grande.
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