“O que é verdade é que o que ouvi de manhã até agora, foi sempre a mesma mensagem: não há ainda visível no terreno o apoio que foi prometido pelo Governo às pessoas, ainda não têm as suas casas sequer a ser reconstruídas, ainda não sabem o que vai ser ou não vai ser apoiado”, afirmou Assunção Cristas.
A líder do CDS-PP falava aos jornalistas em Vila Facaia, no concelho de Pedrógão Grande, após uma reunião com a recém-constituída associação dos familiares das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande.
“Foi uma constante desde os presidentes de junta de freguesia, até às pessoas em concreto (…), até aos representantes desta associação, todos referiram a enorme falta de informação que existe no terreno e a enorme falta de ação e de concretização que também existe no terreno”, sustentou.
Neste âmbito, Assunção Cristas adiantou que o CDS-PP vai insistir junto do Governo para que as ajudas cheguem às pessoas “com muita transparência”.
“Há uma grande falta de concretização e de informação. As pessoas sentem-se desamparadas e desprotegidas (…). O Governo tem que fazer muito mais nesta matéria”, frisou.
Questionada sobre o balanço desta segunda visita ao terreno, Assunção Cristas foi taxativa e disse que, infelizmente, faz um balanço negativo.
“Eu não quis vir logo no mês a seguir, para também dar tempo a que as coisas começassem a correr e a entrar numa velocidade de cruzeiro nesta parte de reconstituição da vida das pessoas. Mas, a verdade é que não ouvi nada de muito diferente do que ouvi há um mês atrás”, disse.
A presidente do CDS-PP sublinhou ainda que isso já tinha acontecido logo a seguir ao incêndio e adiantou que “as pessoas encolhem os ombros, esperam e dizem que não sabem quando é que virão as ajudas e estão muito desgostosas e fragilizadas”.
Cristas reiterou também que vai continuar a deslocar-se ao terreno para acompanhar esta matéria.
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