"Objetivamente, para a próxima semana já haverá equipas de trabalho" para definir apoios, "em função dos levantamentos", afirmou o presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, distrito de Leiria, Jorge Abreu.
As equipas que vão estar na zona afetada pelo incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos são de "diferentes tutelas" e irão trabalhar em parceria "com as autarquias", elucidou.
Agora, sublinhou, é a fase de se ser "mais assertivo" nos trabalhos, para que as "populações saibam" que se está "a fazer alguma coisa".
O diagnóstico das consequências do incêndio está quase concluído, sendo que é o ponto de partido para se começarem "a tomar medidas objetivas no terreno".
Segundo Jorge Abreu, o primeiro-ministro, António Costa, garantiu que "a região não vai ficar como dantes e que não vai ser esquecida, após esta fase inicial".
"Em conjunto com os diversos ministérios, autarquias, juntas de freguesia, estaremos todos envolvidos para que isto não se repita", referiu o edil.
Os incêndios que deflagraram na região Centro no dia 17 provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foram dados como extintos no sábado.
Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta.
A área destruída por estes incêndios - iniciados em Pedrógão Grande, no distrito de Leira, e em Góis, no distrito de Coimbra - corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.
Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.
O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
O incêndio de Góis, que também começou no dia 17, atingiu ainda Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais.
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