Eduardo Cabrita apontou o papel que o voluntariado vai continuar a ter no combate aos fogos florestais, “valorizando o papel único e insubstituível dos bombeiros”.

O governante falava no debate que está a decorrer na Assembleia da República sobre o relatório da comissão independente que analisou as circunstâncias dos incêndios que começaram em Pedrogão Grande, em junho, e causaram 64 mortos.

O ministro insistiu na importância do consenso obtido em torno daquela comissão e que foi base para as medidas do Governo avançadas em conselho de ministros extraordinário, no sábado, nomeadamente alterações na prevenção.

O ministro referiu também que os bombeiros devem receber formação, apontando que a escola nacional de bombeiros “deve ter meios próprios”.

Quanto ao papel da Força Aérea, deverá colocar os meios ao serviço do combate aos incêndios, incluindo o novo avião de transporte que já deve vir equipado com instrumentos que permita responder aos incêndios florestais.

No entanto, “vamos ter de continuar a recorrer a meios privados nos próximos anos”, admitiu.

Eduardo Cabrita disse que vai trabalhar com a Associação Nacional de Municípios e a Associação Nacional de Freguesias sobre “o seu papel decisivo nesta política de prevenção”.

No seu discurso, que constituiu a sua primeira intervenção na Assembleia da República neste cargo e que marcou o início do debate, o ministro referiu-se à intervenção estrutural que o Governo definiu, nomeadamente visando a valorização do potencial das regiões à volta de Pedrogão Grande, assim como de 15 outras regiões.

Os apoios para indemnizações e para salvaguarda de várias vertentes dos salários à recuperação de empresas também foram apontados.

Eduardo Cabrita insistiu na necessidade de limpeza das áreas de segurança à volta das casas, das aldeias e das estradas.

“O Governo está a fazer a sua parte” no que respeita a vários pontos para enfrentar os incêndios, como a prevenção, mas valoriza as propostas de todas as bancadas do parlamento que serão consideradas com atenção, disse o governante.

Dezenas de familiares e amigos das vítimas dos fogos florestais de junho, em Pedrógão Grande, estão hoje nas galerias da Assembleia da República, protestando, para já em silêncio, com camisolas com o número de mortos: 64.

O parlamento está hoje de manhã a debater o relatório da Comissão Técnica Independente (CTI) sobre os incêndios que começaram em 17 de junho e duraram duas semanas.

Os fogos estenderam-se a concelhos vizinhos, provocando ainda numerosos danos materiais em habitações e empresas em Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Sertã e Penela.

[Notícia atualizada às 11:26]

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