O naufrágio, um dos mais graves deste ano na chamada rota migratória do Mediterrâneo Central, ocorreu na quarta-feira junto à costa da cidade de Zawara, de acordo com o relato de 15 sobreviventes que foram resgatados por um barco de pesca.

O barco afundado foi um dos três que partiram das praias que se estendem entre Zawara e Zawiya na noite de terça-feira, base das diferentes máfias líbias que, ligadas a outras da região, lucram com o contrabando de armas, combustível e pessoas.

Na quarta-feira, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) revelou que os barcos de patrulha da Líbia intercetaram um total de 307 pessoas que tentavam chegar a Itália em embarcações com poucas condições e que regressaram a Tripoli.

Em comunicado, a agência explicou que os migrantes, incluindo 22 mulheres e 11 crianças, desembarcaram no porto de Trípoli, onde a Cruz Vermelha Internacional e o próprio ACNUR prestaram os primeiros socorros.

Dezenas de milhares de pessoas tentam chegar à Europa, atravessando o mar Mediterrâneo a partir da Líbia ou da Tunísia, geralmente para chegar a Itália.

Essa viagem é extremamente perigosa, pois pelo menos 1.236 pessoas já morreram este ano durante a travessia, contra 858 no mesmo período de 2020, segundo a OIM.

Mais de 59 mil requerentes de asilo chegaram à costa italiana este ano, 50% a mais que no ano passado, mas longe dos números daqueles que arriscaram as suas vidas em barcos frágeis de contrabandistas entre 2014 e 2017.

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